Propaganda eleitoral 2.0: até onde ir?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Em março passado, o TSE publicou um parecer técnico que restringe e proíbe o uso de algumas ferramentas da Internet por candidatos que vão concorrer nas eleições do ano de 2008.

Segundo o parecer, devido a falta de regras e leis específicas para a propaganda eleitoral na web, o uso de blogs, e-mail marketing, banners, links patrocinados, vídeos, second life e comunidades estão proibidos – uma vez que o parecer proíbe o que não está previsto [na legislação eleitoral].

Apesar da restrição, os candidados poderão ter um site devidamente registrado com o domínio pontocan (.can.br). Este site deverá conter no domínio o nome e o número do canditado. Entretanto só poderá ir ao ar a partir do dia 6 de Julho e permanecer lá até 3 de Outubro.

Muito se tem falado e discutido a respeito, no entanto a comunidade “blogueira” ainda não absorveu completamente o que foi estipulado pelo TSE. São na maioria jovens, sedentos por liberdade de expressão e que adoram uma polêmica. Quando realmente sentirem que não podem utilizar seus blogs e comunicadades para apoiar aqueles que são seus candidatos, a “gritaria” vai começar.

Será que o TSE terá controle sobre os milhões de internautas e meios de comunicação digitais? Certamente não. Restringirá seu controle sobre o pontocan (.can.br) e nada mais. Punirá um ou outro. Com isso, irá impedir as verdadeiras campanhas publicitárias sejam utilizadas e vinculadas na Internet. Eles (TSE) que fizeram uso da Internet em 2008 para atrair o jovem de 16 e 17 anos para a eleição, agora dá marcha ré e retoma a censura. E agora? Até onde ir? Será uma pergunta constante nessas eleições.

Quem acompanha Barack Obama na web sabe que ele está sendo referência internacional em marketing político. Um verdadeiro político 2.0. Infelizmente não poderemos ver isso no Brasil em 2008. Quem sabe em 2010.

Por Guilherme Tossulino

Fonte: Blog do Tossulino

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