Propaganda política degradante

quarta-feira, 21 de maio de 2008

As regras para a propaganda política estão mais rigorosas. Isso é reflexo de todos os problemas que o sistema tinha, que ficaram evidenciados nos esquemas de corrupção do mensalão, bingos e etc. Showmícios foram proibidos, espalhar cartazes também foi proibido.

A intenção é, ao teoricamente reduzir os custos de campanha, diminuir a necessidade de fontes “não-oficiais” de financiamento, evitando os problemas já conhecidos. Por outro lado, cartazes com apenas uma foto, o nome e o número do candidato não ajudam em nada o eleitor a fazer uma escolha consciente.

Mas, como é de se esperar, os candidatos estão dando “um jeitinho” de proliferar suas fotos e números pela cidade. Contratam postes vivos, cuja função é descaracterizar o cartaz como sendo um cartaz. Contratam pessoas cujo trabalho é servir de apoio para um cartaz com uma foto sorridente. Talvez não por mera coincidência, a altura do cartaz é sempre suficiente para cobrir o rosto de quem o está segurando.

Embora esses cartazes não tenham escrito neles nenhuma frase sobre as propostas de sua candidatura, servem de forma fabulosamente clara para obter informações profundas sobre a pessoa que ele é. Se utiliza de pessoas de mente, carne e osso, como um objeto inanimado. A pessoa não tem rosto nem fala. É simplesmente usada como suporte para um papel.

Quais serão os conceitos que esses candidatos têm sobre os seus eleitores? Como ele irá pensar em suas necessidades se for eleito? A dica está aí.

Fonte: Nacio

1 comentários:

dhs disse...

"Madeira é de lei",exelente slogan para um canidato cara de pau!